terça-feira, 13 de agosto de 2013

ADESÃO DO PARÁ À INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

    15 de Agosto de 1823 marca a integração do povo paraense, em sua identidade brasileira, ao ideário de independência do Brasil e a negação de obediência a D. João VI que retorna a Portugal em 1820, mas que deixa uma crise no Estado em função da necessidade de opção local pelo Brasil ou a Portugal.
    O Pará carrega consigo as marcas da presença portuguesa na Amazônia, sendo Belém, a capital, a maior expressão dessa presença a partir das inúmeras construções nos bairros da Cidade Velha e Campina com resquícios marcante da colonização e de uma elite arraigada de tradições européias e muito ligada à Corte portuguesa.
    No entanto, o povo do Pará, ainda tido como colônia de Portugal, se identifica de pronto com a oportunidade de se tornar independente daqueles e aderir ao jovem imperador D. Pedro I e ao Brasil. O povo paraense adere a causa da luta pelo futuro de uma nação e pede pra ser Brasil e não uma simples colônia portuguesa.
    Dos embates que sobrevieram a partir da ação do povo pobre, homens de pés descalços, mestiços e caboclos, nasce um ideário de liberdade de Portugal e a não submissão das elites locais a D. João IV assumindo assim a obediência a D. Pedro I, o que representaria a liberdade, principalmente econômica para a região.
    Não se tem uma ação direta das elites locais em aderir ao Brasil, muito pelo contrário, as mesmas queriam a manutenção do status atual, ligados a Portugal em função das conveniências políticas de suas ações abonadas pela corte. Tampouco, se tinha uma liderança popular deliberada para o embate, os destaques ficam por conta do cônego Batista Campos, de Eduardo Angelim e os irmãos Vinagre (Manuel, Francisco Pedro e Antônio), mas se tinha, no ímpeto caboclo, a ânsia pela mudança e a liberdade das amarras portuguesas.

 A CABANAGEM NO PARÁ (1835 - 1840)
    Movimento popular com participação direta da massa pobre sobre a qual caboclos, índios e mestiços se insurgiram contra as elites que tomaram o poder no Pará após a adesão a independência do Brasil, tendo como cerne das reivindicações a extrema pobreza da massa e a pouca relevância política da província com o poder imperial.
    Destaques para a participação do seringueiro e jornalista Eduardo Angelim e do fazendeiro Felix Clemente Malcher o que demonstra a participação de pessoas mais abastadas e elitizadas num movimento popular em essência com participação de negros como o lider Manuel Barbeiro, o negro liberto de apelido Patriota e o escravo Joaquim Antônio.
    Contudo, em abril de 1836 chegava o marechal José Soares de Andrea, novo presidente, nomeado pela Regência. Andrea intimou os cabanos a abandonarem Belém. Angelim e seus auxiliares concordaram e seguiram para o interior se alocando na cidade de Vigia.
A última fase da Cabanagem é iniciada com a tomada de Belém por Andréa, com o restabelecimento da legalidade na Província. Apossando-se de Belém, as lutas ainda duraram quatro anos no interior da Província, onde ocorria o avanço das forças militares de forma violenta até 1840.
A Cabanagem continua viva na memória do povo paraense como o movimento popular que permitiu que as classes populares chegassem ao poder instalando um governo popular ou cabano no Pará do século XIX.(Prof. Leonardo Castro)

A Cabanagem do Pará é o único movimento político do Brasil em que os pobres tomam o poder, de fato. É o único e isolado episódio de extrema violência social, quando os oprimidos – a ralé mais baixa, negros, tapuios, mulatos e cafuzos, além de brancos rebaixados que parecem não ter direito à branquitude, (...) assumem o poder e reinam absolutos, eliminando quase todas as formas de opressão, arrebentando com a hierarquia social, destruindo as forças militares e substituindo-as por algo que faz tremer os poderosos: o povo em armas.(CHIAVENATO, Júlio José. Cabanagem: o povo no poder. São Paulo: Brasiliense, 1984. pp. 12-14.)

Professor Kleber Duarte - Especialista em História Social da Amazônia.

FINAL DE FASES

     E eis que as férias chegaram ao fim, ficou a saudade do período guardadas na memória e nos registros fotográficos, mas enfim as aulas voltaram para nossa alegria!
    Agora o prenuncio de final de fase até final de agosto, com recuperação final inclusive, dão conta de que mais uma etapa de nossas vidas passou, muitos aproveitaram os momentos e engrandeceram sua formação em todos os aspectos, outros estão se encaminhando nessa direção. 
   Portanto, queridos alunos, atentem para as avaliações que estão acontecendo, e, os respectivos desdobramentos das mesma, pois pelo calendário oficial esta fase se encerra em agosto
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     Aqui o registro, ainda da Festival Cultural Junino 2013, o congraçamento de alunos na alegria com professores o que torna a E.E.E.TE.PA "PROFESSOR ANÍSIO TEIXEIRA", uma das melhores escolas da rede pública estadual de ensino.

    Alunos da 7a. fase estão em ritmo de finalização de curso. Turmas de Marketing, Secretariado e Comércio (manhã e tarde) seguem para a conclusão de curso e aptos para o mercado de trabalho. Muitos destes encaminhados pelo estágio, em diferentes áreas e atividades, a serem excelentes profissionais.